Olá pessoal!
Há muito tempo atrás, você deve lembrar, vírus de computador gostava de se mostrar e "brincar" com o usuário.
Mensagens
aterrorizantes na tela, a imagem do desktop se desmanchando, moças
bonitas dançando na tela, a famosa bolinha de ping-pong... lembra?
Se você não lembra do ping-pong não faz mal, isso é muuuuuito antigo!
E havia as famosas pichações de sites.
Era comum na comunidade de crackers (ou hackers, como queiram).
Para provar
que tinha conhecimento, que conseguia fazer, e ganhar reconhecimento na
comunidade, o cracker invadia e alterava um site, e quanto mais
importante o site melhor!
Isso gerou
nas pessoas, e nos administradores de sistemas (que também são
pessoas!), uma imagem/conceito perigosa: se meu computador está "estranho" ele deve ter vírus.
Ontem mesmo, na fila de um posto de gasolina, escutei uma moça comentando com um amigo que "meu computador está com vírus porque o mouse fica maluco de vez em quando".
Que o
computador dela tem algum código malicioso é quase que garantido, e
provavelmente mais de um, mas o sintoma do mouse dificilmente está
relacionado com ele(s).
O perigo
desta imagem/conceito é a sua negação, ou seja, formamos também uma
imagem/conceito reversa, que nos induz a pensar que se o computador está
normal ele não tem vírus.
E isso não é verdade.
O fato é que a
época dos pichadores de site e dos vírus que apagavam seu HD (ou
bagunçavam seu mouse) já faz parte do passado, e atualmente qualquer
vírus "decente" faz de tudo para não aparecer e para não ser descoberto,
de modo a permanecer ativo pelo maior tempo possível e no maior número
de máquinas.
Vamos fazer uma comparação?
Imagine que exista um vírus que contamine seres humanos.
Ele se
espalha por qualquer tipo de contato, se instala na base do cérebro,
consegue se comunicar com os neurônios, e também se comunica com os
outros vírus (seus irmãos) através de um tipo de telepatia transcendental que chega ao outro lado do mundo em instantes.
A pessoa contaminada não apresenta nenhum sintoma.
Considerando que este vírus "conversa" com seus neurônios, o que ele poderia fazer?
Este é o cenário atual dos computadores.
Estima-se que 90% dos computadores do mundo hospedem algum tipo de código malicioso.
Estão pensando que eu esqueci do título do post não é mesmo?
Nada disso!
Como dizia o
velho Lavoisier "nada se perde, nada se cria; tudo se transforma". O que
antes era uma ação de 2 ou 3 hackers buscando autoafirmação e
reconhecimento, transformou-se, e eis que surge o hacktivismo!
Gente com conhecimento (hackers), organizada coletivamente, e que resolve protestar.
Um caso recente?
O governo
americano, cedendo a pressões da indústria fonográfica e
cinematográfica, determinou que o site MegaUpload, denunciado por ser
usado para distribuir cópias pirata de músicas e filmes (será???),
deveria sair do ar.
Várias pessoas reclamaram, acharam ruim, ficaram tristes... e um grupo hacktivista chamado "Anonymous" resolveu protestar.
O que eles fizeram? "Olha só o que eu posso fazer..."
Ordenaram a
todos os micros contaminados com seus vírus que acessassem sites como o
do FBI, Departamento de Justiça dos EUA, Casa Branca, Universal Music,
MPAA, RIAA e outros.
É claro que
os servidores não suportaram o volume de acesso e os sites ficaram
indisponíveis. Isso é tecnicamente chamado de ataque de negação de
serviço.
Não
satisfeitos, divulgaram informações pessoais do diretor do FBI, Robert
Mueller, em diversas redes sociais. Nomes de parentes, endereços,
telefones e emails, mesmo de pessoas próximas como as filhas e esposa de
Mueller, tudo exposto.
Não quero
colocá-los a pensar sobre o fato ou ação de hacktvismo em si, mas
gostaria que refletissem a respeito de uma afirmação que me arrisco a
fazer: Existe código malicioso em todos os computadores do
mundo, e informações armazenadas nos computadores são enviadas para a
internet sem o controle ou consentimento das pessoas.
O que você acha?
Para apimentar suas reflexões, como você acha que a Microsoft sabe que você usa uma cópia pirata do Windows?
Até o próximo!
Oh! eu uso Linux!
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